Nos tempos de Rutherford, as partículas eram aceleradas na direção de um material e um aluno era encarregado de contar quantas passaram direto, voltaram ou o quanto foram desviadas.
Hoje, mesmo um empenhado estudante não é capaz de monitorar os resquícios das colisões dos grandes aceleradores de partículas. O Grande Colisor de Hádrons (LHC) entrará em funcionamento em maio do próximo ano (se não adiarem de novo.... estava previsto para novembro de 2007...)
Para lidar com a enorme quantidade de dados gerados, precisaremos de um supercomputador, e o modo de fazer isso é através de uma rede global (grid). O Brasil contribuirá nessa empreitada com o seu Centro Regional de Análise de São Paulo (SPRACE).
O SPRACE desenvolve muitos outros projetos. Entre eles, a divulgação da física de partículas. Nas escolas, vemos tabelas periódicas espalhadas por toda parte. Há tabelas periódicas até em agendas não-escolares. Mas já sabemos mais sobre a matéria há mais de meio século! Sabemos, por exemplo, que os prótons têm uma estrutura interna e que eles interagem com os neutrôns através da força forte. O nosso conhecimento atual da estrutura da matéria é conhecido como Modelo Padrão das Interações Fundamentais e um dos projetos do SPRACE é por esta informação num cartaz e divulgá-lo para todas as escolas brasileiras até o fim deste ano. [O projeto chama-se "Um cartaz em cada escola". [Clique para ampliar].
Como entregar um cartaz bonitinho não é suficiente para ensinar física, o SPRACE mantém o site Estrutura Elementar da Matéria, onde há um fórum de discussão para responder as dúvidas de alunos sobre o assunto.
Espero que os professores das escolas brasileiras se encarreguem de explicar a importância deste estudo para os alunos que tendem a queixar-se com seus amigos, freqüentemente via MSN, sobre a inutilidade da física. (NOTA: a internet como conhecemos hoje foi desenvolvida no CERN, um laboratório de física nuclear, onde está localizado o LHC).
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