O texto do Feynman que publiquei ontem remete a uma questão sobre a qual penso há tempos: "Quando falar inglês?".
Nos encontros internacionais, me parece claro que a coisa mais razoável é que os palestrantes falem em inglês, mesmo sendo um encontro sediado no Brasil e que a maioria dos ouvintes sejam brasileiros. Eu não gostaria nem um pouco de ir lá na Rússia para um encontro internacional e alguém falasse em russo.
O que eu não sei bem como responder é quando há estrangeiros num encontro nacional, algo parecido como o que o Feynman relata. Por exemplo, neste ano, no Encontro Nacional de Física de Partículas e Campos, havia convidados de fora. Estavam lá, por exemplo, Glenn Starkman e Lee Smoolin. Esses caras foram convidados para fazer com que os próprios brasileiros se inscrevessem no encontro, já que se estivessem lá apenas palestrantes daqui, eu sei que o número de participantes diminuiria. Aí, pedimos aos gringos que, por favor, venham aqui darem o ar de sua graça. Não seria educado de nossa parte permitir que participassem do restante do encontro? Por outro lado, e os brasileiros? Claro que para ir a um encontro nacional, o sujeito não precisa saber o inglês e é claro que em caso de optar, é mais justo agradar aos donos da casa... O Feynman contou a história de modo a parecer absurdo que tentassem agradá-lo. Não sei se foi tão absurdo como o tom jocoso dele indica...
Bom, tudo isso é pra me justificar, pois se eu fosse um daqueles palestrantes, eu teria talvez optado pelo inglês e me sentiria ofendido pelas palavras do Feynman. (É bem verdade que ali, tínhamos um caso especial, já que o gringo falava um pouco de português).
Nos encontros internacionais, me parece claro que a coisa mais razoável é que os palestrantes falem em inglês, mesmo sendo um encontro sediado no Brasil e que a maioria dos ouvintes sejam brasileiros. Eu não gostaria nem um pouco de ir lá na Rússia para um encontro internacional e alguém falasse em russo.
O que eu não sei bem como responder é quando há estrangeiros num encontro nacional, algo parecido como o que o Feynman relata. Por exemplo, neste ano, no Encontro Nacional de Física de Partículas e Campos, havia convidados de fora. Estavam lá, por exemplo, Glenn Starkman e Lee Smoolin. Esses caras foram convidados para fazer com que os próprios brasileiros se inscrevessem no encontro, já que se estivessem lá apenas palestrantes daqui, eu sei que o número de participantes diminuiria. Aí, pedimos aos gringos que, por favor, venham aqui darem o ar de sua graça. Não seria educado de nossa parte permitir que participassem do restante do encontro? Por outro lado, e os brasileiros? Claro que para ir a um encontro nacional, o sujeito não precisa saber o inglês e é claro que em caso de optar, é mais justo agradar aos donos da casa... O Feynman contou a história de modo a parecer absurdo que tentassem agradá-lo. Não sei se foi tão absurdo como o tom jocoso dele indica...
Bom, tudo isso é pra me justificar, pois se eu fosse um daqueles palestrantes, eu teria talvez optado pelo inglês e me sentiria ofendido pelas palavras do Feynman. (É bem verdade que ali, tínhamos um caso especial, já que o gringo falava um pouco de português).
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