Um das coisas que mais admiro na física é o alcance de suas descobertas. Para exemplificar isso, note que diversos físicos receberam o Prêmio Nobel. Os Nobéis de Física, nem preciso citar nomes... é claro que há físicos entre os laureados! Na área de química, receberam Ernest Rutherford (1908), Marie Curie (1911), Peter Debye (1936) e Alan Heeger (2000), além outros físicos.
E em todas as outras categorias, há pelo menos um representante da física: Aleksandr Solzhennisyn, graduado em 1941 pelo Departamento de Física e Matemática da Universidade de Rostov, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1970. O Nobel da Paz foi concedido aos físicos Andrei Sakharov (1975) e Joseph Roblat (1995). O de economia de 1997 foi atribuído à um estudo feito por Robert Merton, Myron Scholes e Fischer Black (este último, físico que, por ter morrido em 1995, não recebeu o prêmio). A equação obtida por eles é usada no cálculo de derivativos e opções (sei lá o que diabo é isso... Coloco os nomes para que vcs procurem, se quiserem).
Só falta citar representantes do prêmio de medicina/fisiologia. Em 1962, Francis Crick foi premiado pela descoberta da estrutura do DNA. Além disso, pelos desenvolvimentos no estudo dos eletrocardiogramas, tomografia assistida e imagens por ressonância magnética, foram premiados os físicos Willem Einthoven (1924), Allan Cormack (1979) e Peter Mansfield (2003), respectivamente.
Um ramo recente da física poderia aumentar o número de físicos laureados com o prêmio de medicina. Trata-se da plasmônica [1,2]. Há propostas para que isso seja usado na cura do câncer (inclusive, testes foram feitos em ratos!).
Tentarei explicar em poucas palavras como isso seria feito. Do mesmo modo que uma onda é produzida na superfície de um lago quando jogamos uma pedra, um feixe de luz induz a propagação de uma onda na superfície de um metal. Os plasmons são os quanta dessa onda (assim como os fótons são os quanta da onda eletromagnética e os fônons, do som).
Se incidido com determinada freqüência, o feixe de luz pode induzir uma onda ressoante. A idéia, então, é: Constrói-se minúsculas esferas de silício, revestidas com uma fina camada de ouro, que são injetadas na corrente sanguínea do paciente. Por algum motivo que desconheço, as células cancerosas atraem essas bolinhas injetadas. Em seguida, incide sobre o local uma radiação que atravesse a pele e induza uma oscilação ressoante de elétrons no interior das nanocápsulas. Isso faz com que a bolinha esquente e destrua as células cancerosas. O tecido saudável não é afetado, já que as partículas de ouro se concentram na região do câncer.
Isso saiu na edição de maio da Scientific American Brasil. Mas o artigo dá ênfase a outros aspectos da plasmônica (criação de chips menores, por exemplo). Na verdade, a ênfase em quase tudo que vi sobre plasmônica é seu uso na transmissão de informação. Mas achei interessantíssima a idéia de curar o câncer assim.
E em todas as outras categorias, há pelo menos um representante da física: Aleksandr Solzhennisyn, graduado em 1941 pelo Departamento de Física e Matemática da Universidade de Rostov, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1970. O Nobel da Paz foi concedido aos físicos Andrei Sakharov (1975) e Joseph Roblat (1995). O de economia de 1997 foi atribuído à um estudo feito por Robert Merton, Myron Scholes e Fischer Black (este último, físico que, por ter morrido em 1995, não recebeu o prêmio). A equação obtida por eles é usada no cálculo de derivativos e opções (sei lá o que diabo é isso... Coloco os nomes para que vcs procurem, se quiserem).
Só falta citar representantes do prêmio de medicina/fisiologia. Em 1962, Francis Crick foi premiado pela descoberta da estrutura do DNA. Além disso, pelos desenvolvimentos no estudo dos eletrocardiogramas, tomografia assistida e imagens por ressonância magnética, foram premiados os físicos Willem Einthoven (1924), Allan Cormack (1979) e Peter Mansfield (2003), respectivamente.
Um ramo recente da física poderia aumentar o número de físicos laureados com o prêmio de medicina. Trata-se da plasmônica [1,2]. Há propostas para que isso seja usado na cura do câncer (inclusive, testes foram feitos em ratos!).
Tentarei explicar em poucas palavras como isso seria feito. Do mesmo modo que uma onda é produzida na superfície de um lago quando jogamos uma pedra, um feixe de luz induz a propagação de uma onda na superfície de um metal. Os plasmons são os quanta dessa onda (assim como os fótons são os quanta da onda eletromagnética e os fônons, do som).
Se incidido com determinada freqüência, o feixe de luz pode induzir uma onda ressoante. A idéia, então, é: Constrói-se minúsculas esferas de silício, revestidas com uma fina camada de ouro, que são injetadas na corrente sanguínea do paciente. Por algum motivo que desconheço, as células cancerosas atraem essas bolinhas injetadas. Em seguida, incide sobre o local uma radiação que atravesse a pele e induza uma oscilação ressoante de elétrons no interior das nanocápsulas. Isso faz com que a bolinha esquente e destrua as células cancerosas. O tecido saudável não é afetado, já que as partículas de ouro se concentram na região do câncer.
Isso saiu na edição de maio da Scientific American Brasil. Mas o artigo dá ênfase a outros aspectos da plasmônica (criação de chips menores, por exemplo). Na verdade, a ênfase em quase tudo que vi sobre plasmônica é seu uso na transmissão de informação. Mas achei interessantíssima a idéia de curar o câncer assim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário