quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

"Flores pra você". Ass: Boto.

Na mitologia amazônica, o boto assume a forma humana e é irresistivelmente sedutor. Assim, conquista as mulheres desacompanhadas... Um modo de explicar ao marido como foi possível ficar grávida na sua ausência... Agora, os botos estão ainda mais perigosos.

O artigo de Marcelo Leite para o Jornal da Ciência, fala das pesquisas de Vera Fereira (Inst. Nacional de Pesquisas) e Tony Martin (Serviço Antártico Britânico). Estes estudos parecem mostrar que os botos carregam plantas aquáticas e pedaços de pau para "conquistar" a fêmea. Mais interessante do que isso é que este comportamento não é intrínseco à espécie. Há grupos que "entregam flores" e outros que não. Alguma coisa parecida com "cultural".

domingo, 9 de dezembro de 2007

Audiolivros

Nos EUA, o mercado de audiobooks é bastante intenso e é possível achar muitíssimos títulos lidos por alguém (by the way, a nice way to learn English!), desde os "best-sellers" como The Da Vinci Code (Dan Brown) e Harry Potter (J.K. Rowling), até clássicos como The Trial (Franz Kafka) e The Lord of the Rings (J. R. R. Tolkien) e até mesmo científicos, como The Origin of the Species (Charles Darwin), The Fabric of Spacetime (Brian Greene) e Dreams of a Final Theory (Steven Weinberg), ou o Surely You're Joking, Mr. Feynman (Richard P. Feynman)... bom, já chega. O ponto é: tem para todos os gostos! Para audiobooks gratuitos em inglês, veja o LibriVox. (Entretanto, alguns dos que citei aqui não são gratuitos... mas é facílimo encontrá-los em qualquer servidor de torrents, por exemplo... hehehe).

Em português, há poucos livros disponíveis. Mas agora já temos alguns clássicos gratuitos na rede. Na Biblioteca Virtual do Estudante de Língua Portuguesa (BibVirt) tem vários audiolivros disponíveis... Machado de Assis, Castro Alves, Camões, José de Alencar, Adolfo Caminha, Eça de Queiroz, etc. O único "problema" é que os arquivos estão em ".ra", que é uma terminação para Real Player (no meu computador, tive que, no momento de salvar, acrescentar ".ram" ao nome do arquivo para que eu o ouvisse sem problemas, de modo que o arquivo ficava, por exemplo, "arquivo.ra.ram"). Mas é possível convertê-lo para mp3 sem grandes dificuldades, imagino. Há programas gratuitos que fazem isso. Por exemplo, veja este, no Superdownloads.

O site tem muito mais coisa além disso. Ainda não o explorei completamente e, quando o fizer, postarei aqui o que eu for achando de mais legal.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Aniversário

Todo ano a mesma coisa: "Parabéns, felicidades e tal". O que não vem, senão acompanhado da pergunta natural que se faz o próprio aniversariante: "O que esse dia tem de especial? Estão me parabenizando pelo que, afinal? Já que não foi por mérito meu que vim ao mundo...".

Ao que parece, há, sim, algo de especial neste dia. É uma quebra na invariância temporal à que estamos acostumados. Por vezes, o tempo nos parece o mesmo em todas as direções e se pensamos em fazer algo, qualquer pequeno contratempo justifica um adiamento. Afinal, "amanhã", é igual a "hoje". Não posso hoje, mas farei amanhã, por certo. Chegando o amanhã, novos contratempos. "Trabalho...." E pior é o caso dos velhos amigos. Ligar? Pra que? Dizer o que? "Hoje não estou muito pra conversa. Um dia eu ligo..." Quando somos deixados à escolher algo, muitas vezes não conseguimos lidar com isso e preferimos seguir alguma diretriz já estabelecida.

E foi assim que em algum momento, alguém teve a idéia genial de criar um período que por definição seria diferente. Tudo isso pode ser posto como um problema matemático cuja solução seria de grande importância para a sociedade:
Seja Q = {q°, q¹, q², q³, ...} o conjunto dos entes queridos e seja I = {i°, i¹, i², i³, ...} o conjunto formado por intervalos de tempo. Encontre f: Q -> I.
O primeiro ponto a ser decidido seria a escolha destes intervalos. Escolher um por pessoa, tornaria os encontros muito esparsos entre si... Sendo vários por pessoa, teríamos uma complicação no problema. Afinal, começamos por querer escolher um momento para cada pessoa querida e terminamos por ter que decidir vários. O melhor, então, seria que fossem periódicos, e nesse serviço, a Natureza nos daria exemplos e apoio. Temos o ciclo do Sol, da Lua e das Estações, para citar apenas os mais evidentes. O ciclo do Sol é muito curto e algumas pessoas não são tão queridas assim a ponto de querermos vê-las a todo dia... Deve ter sido alguém com um amigo deste tipo que propôs o ciclo das Estações. Sua idéia foi acatada e hoje cada ente querido tem um momento para si uma vez por ano, pelo menos. Um momento em que ele se destacaria dentre todos os outros e teria direitos e atenções.

Mas é claro que a duração deste momento é de fundamental importância... se marcássemos uma hora para cada ente querido, teríamos pouca mobilidade. Sem contar que quem tem bons amigos logo rejeitaria tal proposta, afirmando que "uma hora é muito pouco". Dessa vez, o grupo daqueles com bons amigos ganhou. Cada pessoa tem um dia inteiro pra si. A coisa à esta altura já estava praticamente resolvida quando alguém lembrou que restava ainda um detalhe. Dado algum q, qual seria o i correspondente?. Ou seja, faltava definir a função f: Q -> I.

Algum sábio (que, por descuido, não tem seu nome registrado na História), decidiu que f seria simplesmente o nascimento. Então, f(q) = Nascimento de q. Afinal, esta função estaria bem definida para todos os habitantes do planeta, em qualquer época futura ou passada. Até mesmo Jesus Cristo, que não nasceu do modo usual, tem a si um dia associado! E mais: cada pessoa tem apenas uma data pra si. Novamente, até mesmo Jesus que tem duas datas de morte, tem uma única de nascimento.

E assim ficou decidido. A idéia foi um sucesso. Até hoje, as pessoas comentam "Vamos comemorar! Afinal, não é todo dia que se faz aniversário". E modificam seus planos e fazem um esforço para ver ou falar com a pessoa querida ao menos uma vez a cada ano: "Hoje é aniversário do Fulano, tenho que ir"...

Então, resumindo, parabenizam pela sua existência. Não é que as pessoas não estejam felizes por sua existência nos outros dias. É que em somente um dia por ano, dizem isso. O aniversário é apenas o dia previamente combinado para fazê-lo.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Saliva usada para detectar HIV

Há, desde 2004, nos EUA, um teste de HIV que não usa amostras de sangue, mas somente uma amostra de saliva. O resultado sai em 20min e é 99% confiável. O "OraQuick" não é comercializado em farmácias, e é encontrado apenas em centros de saúde e hospitais e custa (nos EUA) o equivalente a R$ 35,00.

Pois muito bem, parece que o Brasil o terá a partir de janeiro/2008. O exame aguarda aprovação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A médica Ely Cortês enfatiza que o "fluido oral" (ela evita falar "saliva"...) não transmite AIDS, embora possa ser usada para detectá-la. ("É preciso deixar isso muito claro. O que pode existir no fluido oral são os anticorpos do vírus, que não são transmitidos para uma outra pessoa"). Aqui o exame também não estará disponível em farmácias ("Não é brincadeira. Se der positivo, [aquele que fez o teste] recebe o aconselhamento. Se der negativo, ele também deve ser orientado porque, se fez o teste, é porque esteve numa situação de risco", diz a médica Ely Cortês).

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Analema, o desenho do Sol

Receita: Fotografe o Sol todos os dias na mesma hora durante um ano inteiro. (Sei, "fotografar o Sol" não é legal... ao lado, uma alternativa: Numa tábua com um pino cravado, marque a ponta da sombra na tábua todos os dias, na mesma hora, durante um ano.)

Resultado: O desenho será semelhante a um "8" (pode ser mais, ou menos inclinado, dependendo da hora que vc escolheu pra tirar as fotos). Pra ser sincero, eu mesmo não fiz o experimento e peço que se alguém fizer, comente aqui o resultado.


Comentários: O nome da figura formada é analema. No Astronomy Picture of the Day, vários analemas já foram mostrados (com fotos tiradas na Ucrânia e Grécia, por exemplo). No dia de hoje, fizeram um vídeo, mostrando uma sequência de fotos tiradas em Nova Jersey (EUA). (OBS: se forem clicar pra ver o vídeo, sugiro que usem o modo "tela cheia", normalmente, a tecla F11)

É claro que o analema que observamos é dependente do movimento da Terra em torno do Sol. Em outros planetas, veríamos algo diferente. Eis um analema visto em Marte:


Para saber mais sobre tudo isso, veja o site Observatório, do Observatório Astronômico de Lisboa.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Momento de pessimismo...

domingo, 2 de dezembro de 2007

Vida de estudante

O cartunista nova-iorquino Sidney Harris fez fama desenhando sobre temas científicos, desde 1955. Os desenhos de S. Harris apareciam (ou "aparecem".. sei lá) em revistas científicas e publicações com ficção científica. Tomei conhecimento do seu trabalho com a recente publicação de "A Ciência Ri", pela Editora Unesp. Exempli gratia:


sábado, 1 de dezembro de 2007

Idéia para bancos e supermercados

Não seria legal ter caixas de auto-atendimento nos bancos programados para fazer uma única operação por cartão? Isso evitaria, por exemplo, que alguém espere muito tempo só para sacar míseros R$ 10,00, esperando (início de mês é terrível...) as pessoas que têm que pagar conta, tirar saldo, sacar, transferir, etc.

Para os supermercados, penso que seria uma boa a criação de um caixa que não dá troco. Quem já tem o dinheiro trocado, tem a vantagem de usá-lo. Se sua compra custa R$ 0,98 e vc tem R$ 1,00 e está disposto a "comprar" um naco de tempo por R$ 0,02 vc também poderia usá-lo.

Mas já me disseram que isso não seria factível. Sei lá, mas estas idéias voltam sempre que estou numa fila.