quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Uso apropriado da fonte

Quando apresentamos uma idéia que lemos em algum lugar, devemos defendê-la usando argumentos próprios e pertinentes à questão. Nunca usar a fonte como argumento. Se você entendeu e concorda com os argumentos da fonte, é completamente desnecessário dizer o nome do autor para dar suporte à idéia.

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P.S. Mas por vezes é necessário que a fonte seja dita explicitamente para que não se deixe uma impressão sobre quem defende a idéia (sem tê-la criado) além de suas reais capacidades intelectuais.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Quando dizer que entende?

Mais do que a notícia, me interessou este trecho da reportagem:
Pois é, os cientistas às vezes são engraçados: primeiro eles lhe dão uma explicação "brilhante", daquelas que não parecem dar qualquer margem a dúvidas. Depois, eles descobrem uma explicação melhor e vêm dizendo: "Até hoje ninguém sabia realmente como..." e etc.
A notícia à qual me refiro e o contexto em que isso foi dito é entendido se eu mostrar outro trecho do texto:
Cientistas holandeses descobriram como a bicicleta funciona! Se você fizer uma busca no Google descobrirá milhares de sites com explicações sobre como a bicicleta funciona. Será que os cientistas não costumam usar a Internet?
... Para ler mais, clique no trecho acima. Mas, como eu disse, a notícia em si não me despertou o interesse tanto quanto aquela observação...

Isso tudo me lembra uma coisa que o Freeman Dyson escreveu no texto que eu já citei aqui. Disse ele: "O público não vê utilidade em um cientista que diz, 'Desculpem, mas nós não sabemos'. O público prefere ouvir cientistas que dão respostas confiantes às perguntas e faz previsões confiantes do que acontecerá como resultado da ação humana. Então acontece que os especialistas [...] tendem a falar mais claramente do que eles pensam. Eles fazem previsões confiantes acerca do futuro e terminam por acreditar em suas próprias predições. As previsões se toram dogmas que não são questionados. O público é levado a crer que os dogmas científicos da moda são verdade, e às vezes pode acontecer de estarem errados. É por isso que são necessários os heréticos que questionam os dogmas".

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Super buraco negro

Um grupo internacional de astrônomos localizou um buraco negro estelar de proporções excepcionais em órbita em torno de uma estrela gigante. Com massa 16 vezes maior do que a do Sol, trata-se do maior buraco negro estelar conhecido.
Infelizmente, estou sem tempo para pesquisar e comentar a notícia. O trecho acima foi copiado ipsis literis do site Inovação Tecnológica. O artigo foi publicado na Nature e também tem a versão gratuita no arXiv:0710.3165 (astro-ph). No resumo do artigo, os autores dizem que o buraco negro possui 15.65 (+/- 1.45) massas solares e que os modelos astrofísicos têm dificuldades em descrever buracos negros estelares em sistemas binários com massas superiores a 10 massas solares.

sábado, 27 de outubro de 2007

Idéia para ficar rico

Se eu fosse um empreendedor, investiria num Dicionário com Índice Remissivo. Para slogan, poria: "Mais eficiência e organização em sua busca". Sucesso garantido...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

O que é um físico?

No ano passado, no Encontro Nacional de Física de Partículas e Campos, David Gross comentou que há físicos trabalhando em tantas áreas que às vezes ele se procurava por uma boa definição para um físico. Disse que a melhor que encontrou, foi:
  • Um físico é aquele que aprendeu eletrodinâmica pelo Jackson.
Segundo ele, esta definição tem a vantagem de excluir engenheiros e outros profissionais que, em algumas situações, tanto se parecem com os físicos... Embora sem a vantagem apontada pelo Gross, uma boa definição também seria:
  • Um físico é uma máquina que transforma café em teoria;
E tem também aquela redundante:
  • Físico é aquele que se comporta como outros físicos.
Mas físicos de áreas diferentes têm costumes diferentes... quando vamos numa palestra de um físico experimental, temos a nítida impressão de que:
  • Físico experimental é aquele que vê três retas no desenho abaixo:
E, já que falei dos experimentais e não quero criar confusão, digo aquela clássica:
  • Físico teórico é aquele que descreve uma vaca como sendo "aproximadamente uma esfera".
E há frases características:
  • Quando descreve alguma coisa, acrescenta: "Ou coisa do tipo"
  • Quando pressionado a dar o valor numérico de alguma coisa: "Da ordem de..."
  • "Transição de fase", para falar de alguma coisa que mudou.
  • "Em primeira aproximação", quando não quer entrar em detalhes.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Preconceitos sobre o preconceito

Há quem diga que os preconceitos são maléficos. Não são. A habilidade de julgar alguma coisa antes de conhecer é fundamental para nossa segurança em muitos casos. É assim que tomamos decisões. Não conhecemos o futuro. Baseamos-nos tão somente nos nossos pré-julgamentos. E estes últimos baseiam-se em experiências anteriores que tivemos, ainda que tais experiências não tenham sido nem vastas, nem completas e, muitas vezes, nem livre de enganos.

O problema começa quando estes pré-julgamentos são usados para justificar o injustificável. Você é LIVRE para ACHAR que alguém que vc acabou de conhecer não é capaz, que é sujo, ou perigoso, ou que é estúpido, corrupto, etc. Mas vc NÃO pode agir COMO SE ele fosse tudo isso! Devemos ter em mente que preconceitos são preconceitos, apenas. Que são esboços sujeitos a reparos. Devemos considerar a possibilidade de estarmos errados em nossa hipótese inicial.

Recentemente, James Watson, que fora um dia aclamado como um "benfeitor da humanidade" (em princípio, condição necessária para se ganhar um Prêmio Nobel), foi imensamente criticado por ter declarado que negros são menos inteligentes do que brancos por razões genéticas. O deslize de Watson é evidente: Como uma autoridade no assunto, sua opinião pode ser tomada como um fato científico e justificar maltratos maiores à gente que já sofre muito.

O preconceito sobre o preconceito é tanto que há preconceitos que têm o mesmo caráter daquele racial, mas é, entretanto, apoiado pelo povo. Para dar um exemplo recente, o filme Tropa de Elite retrata uma polícia violenta e corrupta. Quando alguém sai do filme dizendo que os policiais são violentos e corruptos, essa opinião não é atacada. O mesmo para os políticos corruptos. Ninguém acha absurdo a classe de piadas que tem como elemento central o fato de que "não existe político honesto", ou que "todos os políticos vão para o Inferno". Por outro lado, o filme Cidade de Deus retrata uma favela violenta e cruel. Mas não se diga que favelados são violentos e cruéis. Piadas sobre isso são chamadas "humor negro", ou "de mal gosto".

É claro que não estou defendendo aqui que as pessoas que vivem em favelas são todas ligadas ao tráfico. O argumento é justamente o inverso. Quero convencê-los de que xingar e criticar toda a classe de políticos e policiais deve ser condenável tanto quanto falar da favela quando se vê o caso de um traficante. O mesmo para atores, ou cantores de axé, ou negros, ou playboys, ou gays, ou...

Novamente: Preconceitos não são ruins. Ruins são os usos. Xingamentos, violências e humilhãções são coisas ruins quer estejam baseadas em preconceitos, ou não.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Frase de Paulo Autran

Ontem, assisti uma entrevista que Paulo Autran deu ao Roda Viva no dia 09/set/2002. Muito boa a entrevista. Recomendo se puderem assistir (por exemplo, esperando a transcrição no Portal). Uma coisa que ele disse durante a entrevista que eu achei interessante/engraçado foi:
"O teatro é a arte do ator; o cinema é a arte do diretor; e a TV é a arte do anunciante."

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Deus e Papai Noel

Quando pequeno, eu não sabia se acreditava, ou não, em Papai Noel. Desconfiava, isso, sim. Não conseguia imaginar um mecanismo segundo o qual um senhor distribuía presentes pelo mundo inteiro, quase que ao mesmo tempo. No mais, muitos diziam que o Papai Noel, era o mesmo Papai que eu chamava de pai, assim mesmo, com pê minúsculo. Esta última hipótese era mais aceitável, mas eu não tinha provas. Prova seria vê-lo no momento em que ele punha o presente embaixo da cama. E assim, eu esperava. Para disfarçar melhor, fechava os olhos e tão bem disfarçava que só os abria na manhã seguinte em que já tinha o tal do presente ali e eu perdia minha chance de verificar alguma coisa. Todos os anos eu tinha a chance de verificar, de modo que algum dia, após tantas chances perdidas, eu consegui o que queria por outros modos: O presente não chegava mais e meu pai disse que ele fora desde sempre o Papai Noel. (Só o meu, é claro).

E hoje me parece muito próximo de tudo o que diziam sobre o Papai Noel, tudo o que dizem sobre Deus. E, embora eu não veja mecanismos, nem compreenda como Ele faz o que faz, dizem que tem poderes mágicos, assim como os tinha o Noel. Mas desta vez não posso testar qualquer hipótese todo ano. Posso testá-la apenas ao fim da vida. Lá terei uma resposta.

E parece que Deus e Papai Noel são muito próximos, só que Deus é um Papai Noel cujo tempo entre um Natal e outro é uma vida. O presente, é claro, é o Paraíso.

Quanto aos outros modos, quem seria o candidato? Quem diria que fora, desde sempre, meu Deus? Esta hipótese parece ainda menos plausível... Mas é claro que não estão tão intimamente ligados a ponto da inexistência de um servir como prova, ou mesmo indício da inexistência do outro.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Frases Legais II

- Consigo resistir à tudo, menos à tentação.

- Amar a Humanidade é fácil.... Difícil é amar o próximo. (Henry Ford)

- Direitos humanos são para humanos direitos!

- Não podemos resolver problemas usando a mesma linha de raciocínio que seguimos para criá-los. (Albert Einstein... Mais frases dele aqui).

- Os dispostos se atraem. Os opostos se distraem.

- Que o mel é doce, é coisa de que me nego afirmar. Mas que parece doce, isso eu afirmo plenamente. (Raul Seixas... Mais frases dele aqui).

- Na média, a humanidade tem 01 testículo e 01 seio.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

As heresias de F. Dyson

Freeman Dyson é um físico norte-americano que deu importantes contribuições para a teoria quântica dos campos. Uma das mais importantes foi mostrar que a formulação de Feynman para a Eletrodinâmica Quântica (usando integrais de trajetória) é equivalente à formulação (canônica) de Schwinger e Tomonaga.

Em agosto deste ano, ele publicou o que chamou de "Pensamentos heréticos sobre ciência e sociedade". O primeiro destes pensamentos é que as heresias são necessárias. Em minha opinião, isso não chega a ser heresia, já que todo cientista sério concorda que a ciência necessita de gente que questiona as bases. Embora, é claro, tais heresias não são sempre recebidas de braços abertos. Dyson conta a história de um colega seu (Tommy Gold), que teve dificuldades em ter suas teorias aceitas... Mas este exemplo já está no texto do Dyson... Eu cito outro exemplo: No livro "Uma breve história de quase tudo", Bill Bryson conta a história do geólogo canadense Lawrence Morley, que encontrou dificuldades em publicar seu artigo (e portanto é desconhecido hoje) sobre a expansão do fundo do Oceano. Esta expansão serve hoje como base para o Modelo da Deriva Continental (que afirma que os continentes se afastam aos poucos). Segundo Bryson, o editor da revista Journal of Geophysical Research comentou: "Tais especulações seriam interessantíssimas num coquetel, mas não é o tipo de coisa para ser publicada numa revista científica séria". Quando tais opiniões são desfavoráveis à uma idéia que mostrou-se certa, achamos ridículas. Mas acho que a resistência à novas teorias é um fenômeno natural e, até certo ponto, aceitável. Cabe ao desafiante mostrar-se certo. (É claro que tudo isso poderia ser feito com menos arrogância!)

O texto de Dyson, entretanto, é dedicado a apresentar a sua maior heresia: Ele considera exagero tudo o que é dito sobre as mudanças climáticas. Afirma, com razão, que o sistema que tratam é extremamente difícil de ser modelado e que suas previsões não são confiáves. Há muitas coisas que não entendemos bem e isso pode influir nos cálculos. Em entrevista à Scientific American em julho de 2007, por exemplo, o glaciólogo brasileiro Jefferson Simões afirma que o aquecimento global provoca um derretimento ínfimo do gelo antártico. Segundo Simões, até 2100, teríamos uma elevação de apenas 10cm no nível do oceano. A situação é diferente, entretanto, para o norte. A Groelândia, por exemplo, derrete em uma taxa bem mais elevada. (ATUALIZAÇÃO: Veja este link.)

Acredito que nosso conhecimento sobre o planeta não nos permite fazer previsões seguras. Mas acho que o exagero é importante (e aqui vai minha heresia). Penso que é melhor exagerar nestes efeitos do que mostrar toda a insegurança que temos nos dados. Eu sei do compromisso da ciência com a verdade e blá-blá-blá. Mas acho que para o público geral, os costumes não se modificariam se disséssemos que "modelos imprecisos de computador indicam que o efeito do homem é nocivo"... As empresas, com sua mínima "preocupação ambiental", só o fazem por que parte da população está assustada. Gosto da campanha exagerada que está sendo feita. É importante que os cientistas tenham ciência das falhas e inseguranças. Mas ao público e aos governos, dizemos que o mundo vai se acabar!!! (Rsrsrsrs)

sábado, 13 de outubro de 2007

Dia das Crianças na Estação Ciência

Ontem foi o dia das crianças e eu levei a minha pra visitar a Estação Ciência. Por causa da data, a entrada era gratuita e o local estava cheio de crianças. Eu já havia visitado a Estação outras vezes, mas desta vez foi muito melhor: todos os experimentos funcionaram bem e, além disso, há coisas novas como uma sala em que somos submetidos à um terremoto de grau 5 na escala Richter. Brinquei de gerador de Van der Graff e tive medo de me meter com a bobina de Tesla. Saí de lá suado, rouco, cansado e feliz. Como qualquer outra criança que tira o dia para brincar.

E quando vou nesses lugares, eu penso: "Ciência é massa! Como pode não gostarem?" E me lembro da minha prima de 8 anos que me disse, certa vez: "Eu odeio física!". Eu perguntei: "Você já viu física?!". Ela disse que não, mas que já odiava. E eu fico muito triste quando eu vejo isso... Mas ontem, eu vi crianças sendo apresentadas à ciência propriamente.

À certa altura, eu conversava com meus amigos sobre um dos experimentos da Estação (uns feixes de laser indicavam o caminho da luz num olho normal, hipermétrope e míope, depois mostrando como os óculos resolvem o problema). E um garoto.... devia ter seus 10 anos, não sei.... o moleque escutava a conversa atentamente e eu perguntei pra ele se ele entendia aquele experimento. Ele disse que não e eu expliquei. Quando avistou sua mãe, ele disse, feliz: "Mãe! Eu entendi como funciona isso!". E explicou à sua mãe. Mas não ouvi a explicação, saí de perto para dar-lhe confiança de continuar sem ter um "árbitro" julgando suas palavras. Afinal, ele já tinha entendido o principal: É divertido.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Será esse o Universo em que vivemos? (ENFPC - II)

A palestra de abertura do Encontro Nacional de Física de Partículas e Campos foi dada por Glenn Starkman. O título da palestra é uma "provocação" à física de que dispomos hoje, que explica tão pouco do Universo. Segundo Starkman, o modelo que temos para explicar os dados experimentais, o Modelo da Concordância (ou, em inglês, Inflationary Lambda Cold Dark Matter Big Bang Model) é um modelo fenomenológico que indica uma falta de uma física mais fundamental.

Cada um dos termos do Modelo da Concordância, foi introduzido quase que independentemente para explicar diferentes observações estranhas. O "Inflationary" procura resolver, por exemplo, o chamado "problema do horizonte". Na palestra, Starkman explicou este problema solicitando que todos contássemos juntos em voz alta até 5 e batêssemos palma. Depois, pediu que contássemos até cinco mentalmente e de olhos fechados e batêssemos palma ao fim deste tempo. Não foi surpresa a ninguém o fato de que no segunto caso as palmas não foram uníssonas. Em outras palavras, sem uma comunicação entre os diversos indivíduos, o comportamento não foi homegêneo... Com o Universo, acontece que ao olharmos para a esquerda e para a direita vemos regiões que não se comunicam (já que a luz demora um tempão pra ir de uma ponta a outra e é o troço mais rápido que temos). O problema do horizonte é que essas duas regiões são essencialmente iguais, ainda que não se comuniquem! A idéia de inflação diz que o Universo passou por uma fase de rápida expansão levando pontos que estavam próximos e se comunicavam para regiões muito distantes (o que observamos hoje).

O "Lambda" refere-se à letra que usamos para representar uma constante adicionada às equações de Einstein. A "constante cosmológica" resulta numa certa repulsão. Como se fosse uma gravidade às avessas, e isso dá conta (ou pelo menos é uma proposta para dar conta) da energia escura. O problema que isso busca resolver é o seguinte: Quando uma coisa explode, tende a se afastar do centro da explosão, mas perde velocidade com o tempo. No dia-a-dia, a perda de velocidade deve-se, principalmente, ao atrito com o ar. No caso do Universo (que acredita-se ter surgido numa explosão - o big bang), essa desaceleração era esperada, já que matéria atrais matéria e, como todo mundo se puxando, não se vai muito longe... O problema é que na década passada, descobriram que o Universo está aumentando a velocidade com que se expande! Como se tivesse alguma coisa que vencesse a gravidade, que tenta puxar tudo de volta... Essa coisa estranha, é a "energia escura" e a constante cosmológica é apenas uma das alternativas. Há ainda modelos como quintaessência e outro com gás de Chaplygin, dos quais eu nada sei.

O "Cold Dark Matter", ou matéria fria e escura, é um tipo de matéria que é adicionada às nossas teorias para explicar o fato de que os objetos que observamos no céu não dão conta de explicar o que vemos. Aparentemente, há alguma coisa lá que não emite radiação eletromagnética (por isso, "fria" e "escura"). Estamos um tanto quanto perdidos para explicar o que seria isso. Há propostas de que seriam objetos (chamados coletivamente de MACHO's) como anãs-brancas e buracos negros. Há também a proposta de que a matéria escura seja um tipo de partícula que interage muito fracamente, mas que possuem massa (WIMP's). Essa coisa de matéria escura não é somente teoria. Tempos atrás, o telescópio Hubble descobriu o que seria um anel de matéria escura. Embora não se possa ver este tipo de matéria, sua gravidade distorce a luz de objetos "próximos"... Embora esteja, infelizmente, em inglês, o vídeo abaixo pode ser de alguma ajuda para entender a descoberta do Hubble:



Bom, acho que falei tudo o que é viável dizer numa postagem de blog sobre os termos que juntos nomeiam o Modelo da Concordância. O ponto principal aqui, que por tabela segue o que me pareceu ser o ponto principal da palestra do Starkman, é enfatizar que cada um desses nomes é adicionado ao Modelo do Big Bang quase que à força e que há muito o que fazer em física... Não disse acima, mas essas "coisas escuras" constituem cerca de 95% do Universo. Ou seja, tudo o que é descrito pela física é apenas uma ínfima minoria... "Será que o Universo descrito pelos físicos é aquele em que vivemos?", pergunta Starkman.

A palestra terminou dizendo que vivemos numa época frutífera:
A perfect time for observers to observe, experimentalists to experiment and for young minds to invent.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Tempo, tempo, tempo, mano velho!

Eu sei, eu sei... Nem dá vontade de vir aqui, já que as postagens têm sido tão esparsas, né? Quando me falavam desse tal de doutorado, me diziam que era necessário estar disposto a estudar em fins-de-semana de vez em quando. Eu, que nunca tive problemas em estudar em fins-de-semana, pensei que seria uma boa: Estudaria (de vez em quando) nos fins-de-semana e faria alguma outra coisa durante as semanas. Mas eis que esse troço tá me exigindo que eu estude também durante a semana e é por isso que escrevo pouco aqui... A menos que seja bobagem como essa, que me vem à mente a custo zero. Para escrever outra coisa, tem que pesquisar, ler, cuidado nos acentos, nas letras, nos links... resumindo: tempo.

Há muita coisa legal pra dizer aqui. Muita coisa que queria mostrar aos poucos que vêm aqui. Tanta coisa atolada, que quando tiver tempo não as escreverei mais de tão antigas. Mas pelo menos quero terminar de falar de umas coisas que ouvi no ENFPC. Parte da explicação pela demora, além da coisa do tempo, é o fato de que eu pedi ao Glenn Starkman pra ele me enviar os slides que ele usou na palestra dele e ele ainda não o fez... provavelmente não o fará... hehehehe... Vou ter que me basear só nas minhas anotações... Em breve! (Espero!)

Por enquanto, resta-me apenas entretê-los com alguma coisa. Fiz este vídeo tempos atrás. É uma música de Raul Seixas (of course!), baseada num livro de Richard Bach. O livro chama "Ilusões - As Aventuras de Um Messias Indeciso", e a música é "Messias Indeciso". Pus legendas em inglês na esperança de divulgar o trabalho do Raulzito para quem não sabe português. Sem mais delongas, ei-lo: