Veio assim tudo de repente
Cinco séculos em turbilhão
Passando rápido à sua frente
Belezas chocantes da evolução.
Viu passando uma carruagem
Diferente, pois avançava rápida
Sem que se visse nenhuma imagem
Da incrível cavalaria intrépida.
Fascinado, viu os pequenos seres
Presos numa caixa com uma tela
Luminosa de divinos poderes
E a dança dinâmica da aquarela.
E foi com admiração e horror
Que viu a grande ave metálica
De canto agudo, ensurdecedor
A voar inerte... fantástica!
Assim veio o Apocalipse, o Último Dia.
De início, viu o próprio Demônio
Que a grande ave metálica trazia.
Sentiu o presságio do pandemônio.
Na placa ao lado, leu "Hiroshima".
Havia tumulto e gritos de crianças.
Hesitante e com pavor, olhou pra cima
Sentiu fugir-lhe as esperanças.
Acordou trêmulo, mas aliviado
Não havia caixas com arlequim,
Nem cavalos ocultos ou Demo alado...
Ainda não veio o nosso fim!
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